Perdido nos labirintos dos meus medos/ Quero ser água de cachoeira/ Desprender-me do alto e jorrar/ Num voo livre e denso/ Sentir a força deste amor/ Em cada sorriso do teu olhar/ Não vou mais me arrebentar/ Em pedras de sabores amargos........
Foi o que jurei para mim
Foi o que jurei para mim
Era uma poesia minha. Uma poesia à procurava de algum rosto, algum traço que pudesse trazer alegria e um motivo de fazer persistir-me nesse acordar do dia-a-dia, nessa vida de tantos tropeços. Eu andava numa solidão de dar dó, auto-imposta, premeditada até. Afinal, nada surgia que me interessasse à ponto de fazer desprender-me da concha para perceber o que se passava à minha volta. Deixados para trás ficaram dois casamentos, mulheres, alguns fracassos, e filhos. Aliás, uma penca deles, cinco para ser mais exato, esses sim jamais “ex”..
Recordo também que esta solidão foi colocada em xeque na Rua Barão de Itapeteninga, no centro de Sampa. No meio da multidão um rapaz gritava os dizeres de um cartaz preso às costas: "Case bem e deixe essa vida de vai-e-vem!" Evidente, achei muito engraçado a cena. Porém algo curioso aconteceu ao olhar praquele garoto. Repentinamente me senti impulsionado a ir no endereço indicado, um pressentimento que pudesse dar certo. Memorizei o destinoo e na mesma rua, no 318, conjunto 301- achei a agência de csamentos - CASE BEM -
Ansioso, subi ao 3o andar e fui ao encontro da minha felicidade.
Ao adentrar ao conjunto uma moça de cabelos avermelhados me olha de cima abaixo:
-Boa tarde, senhor....senhor...
-Oh, desculpe, Kelldian! Marco Kelldian – Respondi.
-O Senhor está á procura da felicidade? – Ela me pergunta com certa doçura na voz.
Tive vontade de responder que jamais existiu e nem existiria a felicidade e essa tal pessoa ideal. Talvez eu estivesse sendo um tanto radical pois numa certa vez alguém cruzou o meu caminho. Uma dessas pesssoas fabulosas e que temos por hábito de rotular por "sob medida” Contudo, e contrariando o outro lado da moeda ela percebeu à tempo que eu não era a medida para o seu tamanho.
Todavia achei melhor não contrariá-la em demasia. Eu não queria parecer-lhe antipático.
-Sim! Estou à procura da felicidade, senhorita.....
-Carla! Carla Dambrózio – Respondeu caprichando ainda mais no sorriso comercial.
Ela puxou uma cadeira e pediu para sentar-me. Ainda com naquele sorriso forçado deu-me a ficha cadastral onde eu deveria fornecer meus dados pessoais, situação sócio-econômica e outros tantos detalhes que por pouco imaginei estar ante um fiscal da Receita Federal. Após preenchido ela faz um recibo e me entrega. Retiro o talão de cheques da carteira e preencho a penúltima folha com a quantia solicitada.
Ansioso, subi ao 3o andar e fui ao encontro da minha felicidade.
Ao adentrar ao conjunto uma moça de cabelos avermelhados me olha de cima abaixo:
-Boa tarde, senhor....senhor...
-Oh, desculpe, Kelldian! Marco Kelldian – Respondi.
-O Senhor está á procura da felicidade? – Ela me pergunta com certa doçura na voz.
Tive vontade de responder que jamais existiu e nem existiria a felicidade e essa tal pessoa ideal. Talvez eu estivesse sendo um tanto radical pois numa certa vez alguém cruzou o meu caminho. Uma dessas pesssoas fabulosas e que temos por hábito de rotular por "sob medida” Contudo, e contrariando o outro lado da moeda ela percebeu à tempo que eu não era a medida para o seu tamanho.
Todavia achei melhor não contrariá-la em demasia. Eu não queria parecer-lhe antipático.
-Sim! Estou à procura da felicidade, senhorita.....
-Carla! Carla Dambrózio – Respondeu caprichando ainda mais no sorriso comercial.
Ela puxou uma cadeira e pediu para sentar-me. Ainda com naquele sorriso forçado deu-me a ficha cadastral onde eu deveria fornecer meus dados pessoais, situação sócio-econômica e outros tantos detalhes que por pouco imaginei estar ante um fiscal da Receita Federal. Após preenchido ela faz um recibo e me entrega. Retiro o talão de cheques da carteira e preencho a penúltima folha com a quantia solicitada.
Ao entregar-lhe o cheque imaginei se aqueles trezentos reais seriam um indício para minha felicidade. Era mais que certo na vida sempre será necessário pagar pra ver, portanto, eu estava fazendo a minha parte. E também porque se fosse bem sucedido naquela louca procura haveria de concordar; o preço era irrisório.
Em seguida levantou-se da sua mesa e me encaminhou para uma das diversas salas do conjunto. Ali numa delas colocou alguns álbuns de fotografias sobre uma mesa de reunião.
-Senhor Kelldian, aí estão as fotos de algumas de nossas mulheres Aquelas que ainda no encontram a sua cara metade.
Dito, novamente sorriu o seu melhor sorriso empresarial, encostou a porta e deixou-me só. - “Nossas mulheres” - O termo ecoava em minha mente. “Nossas mulheres..nossas mulheres” - Eu estava impressionado pelo fato delas custarem tão barato...apenas trezentos reais – Concluí.
Na mesa três volumes de álbuns. Abri pacienciosamente e no primeiro percebi algumas mulheres interessantes, bonitas até. Eu achei curioso o fato de todas as fotos apresentarem o mesmo fundo, uma paisagem de nuvens límpidas e um céu extremamente azul. Isso me levou a deduzir que as fotos eram tiradas ali mesmo, provavelmente em alguma daquelas salas.
Em seguida levantou-se da sua mesa e me encaminhou para uma das diversas salas do conjunto. Ali numa delas colocou alguns álbuns de fotografias sobre uma mesa de reunião.
-Senhor Kelldian, aí estão as fotos de algumas de nossas mulheres Aquelas que ainda no encontram a sua cara metade.
Dito, novamente sorriu o seu melhor sorriso empresarial, encostou a porta e deixou-me só. - “Nossas mulheres” - O termo ecoava em minha mente. “Nossas mulheres..nossas mulheres” - Eu estava impressionado pelo fato delas custarem tão barato...apenas trezentos reais – Concluí.
Na mesa três volumes de álbuns. Abri pacienciosamente e no primeiro percebi algumas mulheres interessantes, bonitas até. Eu achei curioso o fato de todas as fotos apresentarem o mesmo fundo, uma paisagem de nuvens límpidas e um céu extremamente azul. Isso me levou a deduzir que as fotos eram tiradas ali mesmo, provavelmente em alguma daquelas salas.
Em todo caso o passe de mágica veio com o segundo álbum. La estava ela! Eu achara!
Eduarda Reys indicava o nome na contracapa do seu pequeno book. A descrição do seu perfil indicava para um cargo de assistente social. Além de divorciada dizíasse poetisa. Logo mais adiante fazia menção à dois filhos ainda menores. Algo me apaixonava nela e naqueles olhos tão cheios de vida. Um sorriso repleto de esperanças me fez imaginar campos verdejantes, calor das mãos dadas e sussurros de eterno amor.
Nas fotos mais à distância notava-se um corpo de alguém beirandos aos quarenta, porém de curvas excitantes e pernas bem torneadas. Tudo isso se emoldurava num vestido dum vermelho Ferrari com 5 dedos acima dos joelhos.
Claro, o entusiasmo evitou que eu perdesse tempo com os demais álbuns.
Levantei e me encaminhei à recepção.
-Senhorita Dambrózio, eu a encontrei!
-Um minuto senhor Kelldian. Já vou vê-lo e conversamos melhor. – Ela respondeu ao interromper a ligação em que estava.
Menos de 5 minutos la estava a recepcionista me indicando de que forma proceder.
Foi o que bastou para iniciarmos uma conversa e desligarmos depois de mais de três horas. Falamos sobre diversas coisas, relacionamentos, família, sobre ela, sobre mim, e finalmente o nosso gosto pela literatura. Sensível, poetisa dotada de extrema percepção Eduarda acabou por recitar uma de suas poesias como estivéssemos num sarau. Também falei daquilo que me era paixão. Falei dos meus contos, de alguns personagens sem rostos mas com resquícios de alma. Ali mesmo trocamos nossos e-mails com promessa de não perdermos contato. Ao desligar parecia que eu conhecera aquela mulher pela vida inteira.Claro, o entusiasmo evitou que eu perdesse tempo com os demais álbuns.
Levantei e me encaminhei à recepção.
-Senhorita Dambrózio, eu a encontrei!
-Um minuto senhor Kelldian. Já vou vê-lo e conversamos melhor. – Ela respondeu ao interromper a ligação em que estava.
Menos de 5 minutos la estava a recepcionista me indicando de que forma proceder.
No decorrer do mês persistimos no contato diário, ora por telefone, ora por correio eletrônico. Inclusive nos tornamos recíprocos ao ponto de comentarmos todas as mazelas de nossas vidas, nossos fracassos e os poucos sucessos. Constantemente trocávamos e-mail com poesias, contos, ora sugestionando, ora criticando.
Recordo-me também que ela se impressionara com um dos meus personagens; Erico Zambini era seu nome, e segundo ela, ele se caracterizava por uma melancolia de um amargor doce.
Porém faltava-me algo. Faltava a posse daqueles aqueles olhos e do sorriso tão perturbador e que não me permitia dormir sem relembrar dele. E a coisa fluiu até o chegado o momento de nos conhecer. Marcamos para um sábado; 19 horas.
Pontualmente e conforme o combinado eu a peguei defronte ao prédio que residia. Eduarda estava simplesmente sensacional. Eu senti arrepios ao cumprimentá-la à saída do edifício, uma sensação gostosa de tocar as suas mãos, de sentir o perfume delicado e feminino envolvendo o ar.
Ao abrir-lhe a porta do carro, discretamente e sem que fosse sua intenção deixou-me ver uma nesga de suas exuberantes pernas, algo dum apelo tão sensual que jamais senti por outra mulher, apesar dos meus muitos relacionamentos.
Porém faltava-me algo. Faltava a posse daqueles aqueles olhos e do sorriso tão perturbador e que não me permitia dormir sem relembrar dele. E a coisa fluiu até o chegado o momento de nos conhecer. Marcamos para um sábado; 19 horas.
Pontualmente e conforme o combinado eu a peguei defronte ao prédio que residia. Eduarda estava simplesmente sensacional. Eu senti arrepios ao cumprimentá-la à saída do edifício, uma sensação gostosa de tocar as suas mãos, de sentir o perfume delicado e feminino envolvendo o ar.
Ao abrir-lhe a porta do carro, discretamente e sem que fosse sua intenção deixou-me ver uma nesga de suas exuberantes pernas, algo dum apelo tão sensual que jamais senti por outra mulher, apesar dos meus muitos relacionamentos.
Partimos e a duas quadras dali ganhei o estacionamento dum supermercado; meus cigarros tinham terminado. Estacionei, desliguei a chave do contato e fitei-a. Eduarda jamais saberia, mas, existia nela tanta luz, talvez o suficiente para alegrar miseráveis e descartar incrédulos iguais a mim.
Portanto, ainda permanecíamos sentados e em completo silêncio quando lembrei-me que na véspera havia pedido para que me fizesse uma poesia. Como resposta ela dissera que não conseguiria assim de forma tão simples:
- Kelldian, poesia não se encomenda. O que nela se traduz é simplesmente o estado de paixão por alguém ou algo.
Claramente Eduarda estava coberta de razão e eu não deveria ter tocado no assunto, mas, impulsivo que era, não consegui evitar. Em todo o caso tentei me justificar:
- Ultimamente ando muito pidão, né Duda? ( Eu gostava de chamá-la de Duda ) - Ah....coisa de velho! Deixa pra lá! - Completei sem perder o costume de ser tanto chantagista.
- Imagina, Kelldian...pidão nada. Se o não é dado, não custa buscar um sim. E outra coisa; “velho é trapo". Então, sem chances de você ser um. – Respondeu concentrada. Duda era escolada, e não seria tão fácil sugestioná-l.a
- Mas..não ando te pedindo muito Duda? Veja...peço poesias, atenções, carinhos....
Ando abusando, não é meu anjo? Confesse! Juro que aguento! – Novamente um chantagismo psicológico em cena.
- Kelldian, poesia não se encomenda. O que nela se traduz é simplesmente o estado de paixão por alguém ou algo.
Claramente Eduarda estava coberta de razão e eu não deveria ter tocado no assunto, mas, impulsivo que era, não consegui evitar. Em todo o caso tentei me justificar:
- Ultimamente ando muito pidão, né Duda? ( Eu gostava de chamá-la de Duda ) - Ah....coisa de velho! Deixa pra lá! - Completei sem perder o costume de ser tanto chantagista.
- Imagina, Kelldian...pidão nada. Se o não é dado, não custa buscar um sim. E outra coisa; “velho é trapo". Então, sem chances de você ser um. – Respondeu concentrada. Duda era escolada, e não seria tão fácil sugestioná-l.a
- Mas..não ando te pedindo muito Duda? Veja...peço poesias, atenções, carinhos....
Ando abusando, não é meu anjo? Confesse! Juro que aguento! – Novamente um chantagismo psicológico em cena.
- Ta abusando não meu lindo...pronto, confessei. Você me faz bem- Devolveu com um sorriso nos lábios. Dessa vez eu tinha me dado um pouco melhor.
- Sabe...As vezes gostaria de ter uma bola de cristal para descobrir o que a Du pensa de tudo isso. Mas.....infelizmente eu não a tenho. Assim só resta deixar as letras descobrirem – Afirmei cerimonioso, assim, como se houvesse chegado a algum fantástico pensamento.
- Bem...a Eduarda, ou Duda, se preferir, pensa só coisas boas. Não gosto de deixar coisas ruins ocuparem espaços em minha vida, senão acabam por alastrar – Ela devolveu séria, determinada.
Depois sorriu e continuou -
-Pode ter certeza disso, Kelldian...se não jamais estaria aqui no carro com você. Deixa de tentar ser um Herculano Quintanilha...seja somente o Erico Zambini do brasil do meu coração – E riu. Um riso maroto, apesar da singeleza do tom.
Aquela mulher sabia como mexer comigo, parecia conhecer o meu ponto “G” afetivo. Eu saboreei cada espaço da sua frase, cada entreabrir de lábios. Eu simplesmente não consegui me conter e ri:
- Bem...a Eduarda, ou Duda, se preferir, pensa só coisas boas. Não gosto de deixar coisas ruins ocuparem espaços em minha vida, senão acabam por alastrar – Ela devolveu séria, determinada.
Depois sorriu e continuou -
-Pode ter certeza disso, Kelldian...se não jamais estaria aqui no carro com você. Deixa de tentar ser um Herculano Quintanilha...seja somente o Erico Zambini do brasil do meu coração – E riu. Um riso maroto, apesar da singeleza do tom.
Aquela mulher sabia como mexer comigo, parecia conhecer o meu ponto “G” afetivo. Eu saboreei cada espaço da sua frase, cada entreabrir de lábios. Eu simplesmente não consegui me conter e ri:
- Herculano Quintanilha, Du? Quer me fazer morrer de rir? . Adorei isso! Hum...Erico Zambini do Brasil do coração da Duda. – Depois continuei as minhas impressões:
-Bem... Acho que temos problemas à vista, Du! Tem um tal de Kelldian fazendo sinal. Provavelmente queira viajar nesse nosso trem. Sei não! Será melhor ele ficar de fora?
.
-Hum...O nome dele Kelldian, é? E o que você sabe sobre esse tal Kelldian? - Ela questionou trazendo nos olhos um misto de surpresa.
- Sobre esse tal de Kelldian? Bem....às vezes acho que sei tudo. Outras...quase nada. Por vezes um sonhador que se impressiona com sorrisos meigos ou com detalhes de sensíveis em textos.
-Bem... Acho que temos problemas à vista, Du! Tem um tal de Kelldian fazendo sinal. Provavelmente queira viajar nesse nosso trem. Sei não! Será melhor ele ficar de fora?
.
-Hum...O nome dele Kelldian, é? E o que você sabe sobre esse tal Kelldian? - Ela questionou trazendo nos olhos um misto de surpresa.
- Sobre esse tal de Kelldian? Bem....às vezes acho que sei tudo. Outras...quase nada. Por vezes um sonhador que se impressiona com sorrisos meigos ou com detalhes de sensíveis em textos.
Ela me olhava, questionadora. Era como se pretendesse saber com toda segurança quem era aquele homem. Tossi discretamente e segui:
-Vez em quando ele e suas atitudes me surpreendem. Como agora por ex; Ele entra no e-mail só pra checar se há mensagens suas. E quando não encontra se torna lacônico e decepcionado. Estranho ele, não acha?
Eduarda prestava atenção. Depois desviou o olhar e o cravou no toca CDs como se ali houvesse respostas pras suas perguntas. Pensou por alguns instantes e falou:
-Bem, to começando a achar que esse tal Kelldian é igualzinho a todos nesse aspecto.
Os sonhadores são pessoas inteligentes. Eles encontram uma forma mais bonita de viver. Tentam colocar flores no caminho para melhor percorrê-lo aproveitando-se do perfume! – Devolveu entusiasmada. Pelo jeito Duda achava os sonhadores interessantes. Depois continou:
- Eles são pessoas sensíveis, que se impressionam com sorrisos, com carinhos, com palavras! Para as pessoas sensíveis as pequenas coisas são gigantescas e fazem toda diferença – Aí então finalizou num tom emocionado: - Sabe Kelldian, obrigada pela sua sensibilidade e overdose de carinho!
Aquilo foi demais para mim. Eduarda sabia como ninguém tocar-me com suas conclusões.
- Olhe Duda! Estou sorrindo para você! Eu e você somos permeados por overdoses de sonhos e realidades. Eu um sonhador, e você, bem, assim, excessivamente realista e gentil.
-Vez em quando ele e suas atitudes me surpreendem. Como agora por ex; Ele entra no e-mail só pra checar se há mensagens suas. E quando não encontra se torna lacônico e decepcionado. Estranho ele, não acha?
Eduarda prestava atenção. Depois desviou o olhar e o cravou no toca CDs como se ali houvesse respostas pras suas perguntas. Pensou por alguns instantes e falou:
-Bem, to começando a achar que esse tal Kelldian é igualzinho a todos nesse aspecto.
Os sonhadores são pessoas inteligentes. Eles encontram uma forma mais bonita de viver. Tentam colocar flores no caminho para melhor percorrê-lo aproveitando-se do perfume! – Devolveu entusiasmada. Pelo jeito Duda achava os sonhadores interessantes. Depois continou:
- Eles são pessoas sensíveis, que se impressionam com sorrisos, com carinhos, com palavras! Para as pessoas sensíveis as pequenas coisas são gigantescas e fazem toda diferença – Aí então finalizou num tom emocionado: - Sabe Kelldian, obrigada pela sua sensibilidade e overdose de carinho!
Aquilo foi demais para mim. Eduarda sabia como ninguém tocar-me com suas conclusões.
- Olhe Duda! Estou sorrindo para você! Eu e você somos permeados por overdoses de sonhos e realidades. Eu um sonhador, e você, bem, assim, excessivamente realista e gentil.
Eduarda não fazia a menor idéia, mas me sentia sonhador, disposto talvez a voar para Marte, África e lutar por algo que acreditasse. Talvez ela fosse o inverso. Talvez ela precisasse sentir o chão e a terra por entre os vãos dos dedos. – Duda persistia encanta, atenta à minha fala, aos meus gestos. Eu, por outro lado, desembestara a falar sem parar:
-Perceba, Duda. Aqui estamos nós. Lados opostos num embate interessante, um jogo de quase sedução permeado por sonhos e realismos. Acho que o poeta sempre soube, apesar de jamais me sentir um, que o sonho jamais prevalece à razão. Finalizei num tom desanimado.
Ela continuava me fitando, algo encantada, talvez preocupada com a visão que passei. Ainda pensativa ela desviou o olhar de mim e outra vez fixou-se no painel do veículo. Permanecíamos em silêncio. Repentinamente a tonalidade de sua voz transborda numa poesia.. Duda declamava para mim :
Sonho e realidade/Sonho é poético/A vida também/Sonhar realidade/Ou realizar sonho/Faz muito bem!
A vida é irreversível/Poupá-la não convém/Jamais saberá o fim/Se não for além!
A vida é festa de alegria/É flor desabrochada/É sabido que a dor penetra/Mesmo sem ser convidada!
A fuga nunca foi segura/Só resta viver de fato/Na vida o que perdura/É o amor, e o seu ato!
E a razão, morre de paixão/Porque não dá o braço a torcer/Ela vibra de emoção/Mas tenta sempre esconder
Eu a ouvia deslumbrado. Tudo que conversáramos até então se encaixava em contexto. Poesia sua, feita no ato, de fato. Eu persistia aturdido e ela, ante a minha reação brincou:
-Kelldian, a vida é festa de alegrias! Uhuuuu... Mesmo sem ser convidada! quase fiz esta poesia
-Que gostoso, Duda! Ta vendo porque você- me deixa em estado de constante paixão? - Devolvi. E continuei:
-E saiba dona Eduarda....isso é poesia sim! Uma poesia da Duda para o Kelldian. Bem, .pelo menos isso, né? – Naquele instante me sentia feliz.
-Perceba, Duda. Aqui estamos nós. Lados opostos num embate interessante, um jogo de quase sedução permeado por sonhos e realismos. Acho que o poeta sempre soube, apesar de jamais me sentir um, que o sonho jamais prevalece à razão. Finalizei num tom desanimado.
Ela continuava me fitando, algo encantada, talvez preocupada com a visão que passei. Ainda pensativa ela desviou o olhar de mim e outra vez fixou-se no painel do veículo. Permanecíamos em silêncio. Repentinamente a tonalidade de sua voz transborda numa poesia.. Duda declamava para mim :
Sonho e realidade/Sonho é poético/A vida também/Sonhar realidade/Ou realizar sonho/Faz muito bem!
A vida é irreversível/Poupá-la não convém/Jamais saberá o fim/Se não for além!
A vida é festa de alegria/É flor desabrochada/É sabido que a dor penetra/Mesmo sem ser convidada!
A fuga nunca foi segura/Só resta viver de fato/Na vida o que perdura/É o amor, e o seu ato!
E a razão, morre de paixão/Porque não dá o braço a torcer/Ela vibra de emoção/Mas tenta sempre esconder
Eu a ouvia deslumbrado. Tudo que conversáramos até então se encaixava em contexto. Poesia sua, feita no ato, de fato. Eu persistia aturdido e ela, ante a minha reação brincou:
-Kelldian, a vida é festa de alegrias! Uhuuuu... Mesmo sem ser convidada! quase fiz esta poesia
-Que gostoso, Duda! Ta vendo porque você- me deixa em estado de constante paixão? - Devolvi. E continuei:
-E saiba dona Eduarda....isso é poesia sim! Uma poesia da Duda para o Kelldian. Bem, .pelo menos isso, né? – Naquele instante me sentia feliz.
5 comentários:
incrivel esse alinhavado de detalhes.Amei!
parabéns por essa obra, show
meu carinho e admiração!
OPs!
Raquel Ordones em meu bloguinho?
E achando show ainda por cima?
Bora la estourar um rojões e espocar meio quilo de pipoca.
Valeus, Raquel!
Grato!
Como comentar?...Contos interessantes que preendem o leitor em um imaginário rarefeito é sua especilidade.
Gostei do novo...começo rsss....masssssss....porémmmmmmmmmmmmmmm entretanto todavia rss....vc sabe que escreve com a mais perfeita facilidade e sincronia...mesmo que a modifique dificilmente ficara ruim.... muito bom...de sua eterna admiradora.
Uma Telles, o que te falar? Sei o quanto gosta de literatura e que a sua opinião é importante para mim.
Ah...depois tomamos umas vodkas e tequilas e ta tudo pago!
hehehe.
Obrigado anjo. De coração!
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